O SONHO COMANDA A VIDA

O ano passado (2011) por falta de local apropriado para a sua realização – a sede do G.R.E. “AS TRICANAS POVEIRAS”, encontrava-se numa situação de mudança das suas instalações para a nova sede – não levou a efeito este evento, de FADOS E POESIA, conforme tem sido norma desde há 20 anos. Este SONHO, voltou agora ao palco da Associação, mas já nas novas instalações. Em boa hora foi retomada a apresentação deste “passatempo”, não só pela apresentação da sua nova sede às muitas pessoas que lá se deslocaram para assistir ao espectáculo como também, pelos artistas convidados para o efeito. Naturalmente que num evento deste género, uma boa ementa, deve condizer com uma noitada de FADO. Para isso, não pode faltar uma boa “rojoada” à moda do Minho. De facto, conforme nos íamos aproximando das mesas, chegavam-nos às nossas narinas, alguns aromas próprios de “bolinhos” de bacalhau – não eram de batata! Eram mesmo de bacalhau – que serviram de ENTRADA aos belíssimos rojões que nos foram apresentados sobre a mesa que ocupamos por um dos elementos do GRUPO – o nosso querido amigo EURICO. Se me fosse permitido um desabafo, eu diria: – “…estavam uma maravilha e, se falássemos das papas de sarrabulho então, diríamos que estavam estupendas”. A sobremesa, composta por uma diversidade de doçaria, estava também uma delícia.  
Por uma questão de honestidade e de apreço que nutro pela gente que integra esta instituição, sou obrigado a enaltecer o trabalho desenvolvido na cozinha e no serviço às mesas ter sido executado por elementos ligados às “TRICANAS POVEIRAS”. Não é fácil encontrar-se no País, tanto espírito de colaboração e de ligação a uma causa, como nesta casa. Aqui presto a minha homenagem às pessoas que tornaram possível, o que acabei de relatar: na cozinha, estiveram ANTONIETA PEREIRA, CONCEIÇÃO ROSA, LOURDES NOVA e GUILHERMINA FONSECA como cozinheiras e ainda ISABEL SILVA, DORES VILAÇA e TONY VILAÇA como colaboradores na confecção da ementa. O BAR e as MESAS estiveram a cargo de LEANDRO CARVALHO, EURICO FERREIRA, CASIMIRA BARROS e GABRIELA CARVALHO.
        Para falar do próprio SONHO a COMANDAR a VIDA, protagonizado pela POESIA que brota do coração de quem a escreve e do peito de quem a diz, pela música que se extrai de uma GUITARRA e de uma VIOLA por quem a dedilha e das vozes dos (as) FADISTAS que dão ALMA… à própria música…do FADO. Com bastante satisfação de quem o ouve, JOAQUIM FERNANDES Já há bastante tempo, nos vem habituando ao dedilhar da sua guitarra e à doação da sua voz, ao FADO de COIMBRA. A acompanhá-lo à VIOLA, tivemos uma agradável surpresa com a presença artística e ritmada de ALEXANDRE SANTOS. A presença já habitual nos nossos eventos da fadista ANITA FARIA. GINA SANTOS, foi outra presença, por sinal a 1ª.vez, neste género de espectáculo. Foi pena ter-se apresentado ao público com a voz um pouco “roufenha” por se apresentar um pouco constipada o que ela própria reconheceu. Temos como uma certeza absoluta, que numa próxima vez, ela se apresentará em público completamente restabelecida e, então sim, todos teremos o prazer de nos deliciar com os acordes da sua excelente voz. JÚLIO PEREIRA, foi outro dos fadistas que, embora com estilo diferente dos anteriores, também agradou aos presentes no convívio. Ele foi também o apresentador – em palco -, dos seus colegas do FADO. JOÃO COSTA, o convidado especial do guitarrista JOAQUIM FERNANDES para estar presente, foi o “herói” da noite. Sendo um especialista do FADO HUMORÍSTICO, actuou de uma forma tão peculiar que, até com expressões do próprio corpo, conseguiu fazer toda a gente rir. Nestas “coisas” da música, o SOM é indispensável ao êxito que ela, eventualmente, poderá alcançar. Tecnicamente, esta função, é conhecida por: sonoplastia. O responsável deste trabalho, foi ARMINDO PEREIRA. Como não se pode fazer omeletas sem ovos, também não se pode oferecer um bom SOM, sem o auxílio de uma adequada aparelhagem. A Associação, graças à filantropia de um dos seus associados, pode-se orgulhar de a possuir. Como homem íntegro que me prezo de ser e completamente avesso à política partidária, sinto-me na obrigação de dizer que o Eng.º AIRES PEREIRA, “abrindo os cordões à sua própria bolsa”, foi o mecenas dessa generosa atitude. Assim, foi substituída a nossa já “cansada”, que ficará no “eterno repouso”.
        A POESIA, como já vai sendo hábito, esteve a cargo da Poetisa Poveira ALBINA DIAS. Poemas, de sua autoria, em HONRA a Nª. Sr.ª da Conceição e ao DIA da MAE –  que, para mim, continua a ser o 8 de Dezembro – foram por ela declamados, com o vigor e a forma com que nos foi habituando e que, normalmente, é do agrado de quem a ouve. Como não podia deixar de ser, a sua prestação foi muito positiva, não só pela sua actuação em palco, como também pela distribuição – feita pela organização – de inúmeros poemas, pelas mesas onde foi servido o jantar.
        O conhecido locutor e radialista Poveiro ÁLVARO MAIO, em jeito de elucidação, pormenorizou a apresentação do espectáculo, utilizando uma linguagem simples, compreensível e muito bonita de se ouvir.  
Honestamente, devo confessar, que foi uma das melhores apresentações, que a minha já longa existência se lembra de ter ouvido. Além deste seu desempenho, teve diversas intervenções em declamação de poesia, de alguns dos nossos mais conceituados Poetas Portugueses. Também neste aspecto, mostrou altos dotes de dizer POESIA.
        Uma outra Senhora, depois de uma noite de árduo trabalho – principalmente na cozinha – apresentou-se ao público cantando e declamando uma canção – a letra prestava-se a isso mesmo – sendo extensiva às suas colegas do coro d’  AS TRICANAS POVEIRAS e que deliciou todos quantos a ouviram. Essa Senhora chama-se: ANTONIETA PEREIRA.
        De entre alguns convidados deveremos realçar, por uma questão de ética e direito, os representantes das nossas Autarquias os Srs. TOMÁS PONTES pela Junta de Freguesia, Eng.º AIRES PEREIRA, acompanhado por sua Esposa, e Dr.ª LUCINDA DELGADO pela Câmara Municipal. Representantes da Comunicação Social, marcaram também a sua presença, como convidados.
       No cômputo geral, o convívio foi do gosto de todos os presentes, vivido numa sala, que a nosso ver é um pouco exígua para eventos idênticos aos aqui relatados (muitas mais pessoas teriam aderido se, em vez de uma sala…tivesse sido um salão). Como Director deste despretensioso BOLETIM INFORMATIVO, apelo às nossas Autarquias, apesar do muito que já têm feito, que unam esforços, para o SONHO possa COMANDAR, em toda a sua plenitude, a VIDA desta Associação.
                                                                        
                                                                                               J.S. Pode ver mais fotografias deste evento aqui.  

 

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